quarta-feira, 4 de março de 2009

Novidades na Implantação

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, coordenados pela Dra. Susan Fisher, identificaram o primeiro e importante passo do mecanismo molecular envolvido no processo de implantação.
O trabalho, publicado na Science de janeiro (vol.17), baseou-se em análises imunohistoquímicas de amostras endometriais biopsiadas antes e depois do período que compreende a janela de implantação. Os resultados mostraram um marcado aumento na expressão de carboidratos que se ligam à L-selectina quando o útero está receptivo. O trabalho, em colaboração com um grupo de uma clínica particular em Nevada, coordenado pelo Dr. Russell Foulk, demonstrou ainda que, no sexto dia, o embrião expressa quantidade de L-selectina no trofectoderma muito superior àquela antes do período da implantação. Provavelmente, ao interagir fracamente com seu ligante na parede uterina, a L-selectina permite que o blastocisto “role” sobre o endométrio, até que o trofoblasto efetive a nidação. Portanto, o êxito na implantação depende da exata sincronia entre a expressão das moléculas de carboidratos no endométrio, a qual é transitória, e a presença do embrião no estágio apropriado, ou seja, com uma superfície repleta de receptores, a L-selectina. Em tempo As selectinas são moléculas transmembrana, constituídas por uma única cadeia glicoprotéica. A sua porção aminoterminal, expressa extracelularmente, está relacionada à família de proteínas que se ligam a carboidratos em mamíferos, conhecidas, por esta razão, como lectinas tipo C (“C-type lectins”). São moléculas de adesão que medeiam a ligação, geralmente rápida e de baixa afinidade, de receptor e ligante entre diferentes tipos celulares. Tais interações já são estudadas há muito tempo por imunologistas na busca de se desvendar os mecanismos moleculares envolvidos nos processos inflamatórios.

Retirado do site Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida

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